sexta-feira, 28 de março de 2008

Uma Breve Introdução

Era eu uma criança, envolta em plena inocência, quando ouvi falar pela primeira vez, em algo que tinha um nome cuja sonorização era um tanto ou quanto diferente mas que no fundo não tinha nada de engraçado, o fascismo.
Nomeadamente a minha mãe foi a primeira pessoa a falar-me da revolução de 25 de Abril, dia em que os portugueses souberam qual o verdadeiro sabor da liberdade tanto individual como colectiva. Foi a queda de Salazar e a felicidade do povo.
Ainda por esta altura ouvia falar sobre determinados seres, que com base em determinados interesses transcendiam qualquer limite que se enquadre no socialmente aceite. Só mais tarde vim a descobrir que tais seres eram denominados por humanos.
Visto que não foi há muito tempo, estes indivíduos eram caracterizados segundo diversos nomes utilizados habitualmente. Ouvia falar de um que era gatuno, outro que era burlão ou ladrão. Mas para mim eram simplesmente pessoas que apesar de não agirem correctamente, faziam-no por necessidade.
É triste, mas o ser humano ainda tem uma clara e absurda tendência para avaliar a essência de uma pessoa através da classe social, ou do que esta poderá ou não oferecer. Pois bem, eu quando pensava neste modo era, como disse anteriormente, uma criança.
Com o passar da idade, a inocência tão claramente evidente foi-se desvanecendo aos poucos e comecei a perceber que também as pessoas ditas importantes em Portugal ou pelo menos com um determinado status também tinham como hábito certos actos ilícitos. Bem mas aqui a história é outra. É fantástico que por mais escandaloso ou grave que seja o acto, tais indivíduos são defendidos e perdoados como ninguém. Dar-lhes-ia o nome de “A Teia ou Rede (como lhe quiserem chamar) Infindável das boas Causas para a Humanidade. Claro que digo isto com o maior tom sarcástico, porque se houver alguma causa, são tudo menos globais.
Quando falo de rede passamos para um outro nível do meu enriquecimento e desenvolvimento pessoal, se assim poderei chamar.
É normal que no dia-a-dia, quer nos empregos ou no grupo de amigos, que determinados indivíduos exerçam influência ou poder sobre outros. Contudo o poder e a influência que tento tratar não são os habituais, fruto das relações individuais em determinado meio, mas sim de algo maior do que isso...E também mais grave. Este é fundamentado numa base de interesses e aproveitamento em seu benefício devido aos importantes cargos que ocupam. Situação inerente (ou não) aos olhos dos cidadãos. Tais indivíduos estão distribuídos em diversos meios, sendo o que tem maior influência a politica, que por sua vez é a que têm maior impacto sobre a sociedade.

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