domingo, 7 de dezembro de 2008

Energias Alternativas

Só a energia solar é de tal modo abundante, que apenas uma hora de luz ao 12h contém mais energia do que o mundo consome durante um ano inteiro. Se pudessemos captar um centésimo dessa energia, o mundo não precisaria de utilizar nem petróleo nem gás. O problema é a existência de meios para tais métodos serem obstruidos (interesse/corrupção).
Contudo de todas estas, a mais inovadora e que oferece maior numero de vantagens é a energia geotérmica, que utiliza mineração de calor, que através de um processo à base de água gera quantidades enormes de energia limpa. O relatório do MIT (2006) sobre energia geotérmica, descobriu que de 13 mil zetajoules de energia, actualmente disponiveis na terra, existe a possibilidade de canalizar 2 mil ZJ facilmente com tecnologia de ponta. De 2000 ZJ, o consumo total de energia de todos os países do planeta é cerca de meio zetajoule por ano (0.5 ZJ), o que significa que 4 mil anos de energia a nível planetário poderiam ser captados apenas através deste meio, acrescentando que a geração de calor da terra é constantemente renovada.
Quantos individuos estariam dispostos a trocar o seu carro por um eléctrico, cujas diferenças exigidas são minimas? Isto de soubessem que já existe há muitos anos tecnologia em baterias necessária para ligar um carro eléctrico que ande a 160 km/h percorrendo mais de 300 km com uma única carga. Contudo devido a patentes de baterias controladas pela indústria petroleira que limitam a sua capacidade de manter participação no mercado, juntamente com pressões politicas da indústria de energia, a viabilidade financeira e o acesso a tais tecnologias são limitados.
Considerando que tudo depende do meio onde nascemos, numa sociedade capitalista como Portugal a principal fonte de motivação é o dinheiro, e so ele poderá trazer sentimentos de alegria, alivio, poder. Se as coisas não tiverem um preço definido o que motivará as pessoas? Vivemos numa cultura em que os individuos são “treinados” para acreditar que o sistema monetário produz incentivos, tendo como exemplo de tal afirmação as crianças serem ensinadas desde pequenas que têm de estudar para ter um bom emprego e sucesso na vida. Na minha opinião vivemos como que numa sociedade “pré-programada”.
Gostaria ainda de ter em conta o modo como a Idade, Profissão, Sexo e região (indicadores fulcrais para o trabalho) influenciam a opinião das pessoas no que diz respeito á corrupção, ética, democracia e politica existentes em Portugal. É certo por exemplo que as regiões urbanas tem tendência a ter uma visão mais clara e uma opinião mais formada acerca deste tema, em comparação com as regiões rurais. E também é certo que as campanhas politicas dos diferentes partidos, dão-se na sua maioria e com maior impacto nas regiões rurais onde a população é mais envelhecida e em menores proporções, que não dispõem de condições de caracter intelectual para terem uma abordagem concisa sobre determinado assunto, nomeadamente politico. E os politicos sabem que esta parcela da populaçao irá votar, não porque as medidas previstas são as melhores, mas sim porque questão de simpatia ou pessoais, sendo já maioritariamente um publico fiel ao respectivo partido. A nossa sociedade é então caracterizada também por um materialismo intelectual, não só perpetuado pelo sistema monetário e suas estruturas auto-preservadoras, mas também pelo enorme número de pessoas que são condicionadas a apoiar tais estruturas, tornando-as voluntárias do status quo (o movimento social é um bom exemplo deste).
A única solução para que haja uma mudança no “establishment”, é através da nossa refusa em participar nele, à medida que a nossa percepção acerca de falhas e corrupção aumenta. Contudo tal solução está longe de acontecer se os individuos continuarem a afirmar que são capazes de praticar actos corruptos quando proporcionados.
Entender é transformar o que há. É necessário uma reeducação no olhar dos portugueses.

Sem comentários: