Quando os individuos se sentem incitados a violar as normas de forma a alcançar os seus objectivos, como ocorre na corrupção, pode-se referenciar a existência de anomia, que se trata de uma variável sociológica da qual depende o desenvolvimento económico. A partir do momento em que os individuos têm noção de que existe realmente corrupção no nosso país e nada fazem para resolver tal problema, fomenta-se o estado de anomia na sociedade. O termo anomia é assim usado para explicar os desvios face às normas sociais por parte de certos individuos.
É importante sublinhar que a corrupção não se restringe ao seu carácter monetário, caracteristico do capitalismo contemporâneo, estando associada a uma discussão ética preocupada com as interfaces da moralidade política e sua experimentação na esfera pública. Amolda-se ainda ao funcionamento de um sistema, à institucionalização de certas práticas: quanto maior for o âmbito de institucionalização, maiores serão as possibilidades de comportamento corrupto. Por isso, a ampliação do sector público em relação ao privado provoca o aumento das possibilidades de corrupção. Contudo, a corrupção não está ligada apenas ao grau de institucionalização, à amplitude do sector público e ao ritmo das mudanças sociais, estando também relacionada com a cultura das elites e das massas, depende da percepção que tende a variar no tempo e no espaço.
Devido à globalização e crescente ambição por parte de determinados individuos, não se tratam já apenas de meras influèncias e poder fruto das relações individuais em determinado meio, mas sim fundamentado numa base de interesses e aproveitamento em seu benefício devido aos importantes cargos que ocupam, assentes numa ausencia de ética e desrespeitando leis.
Assim a corrupçao trata-se também de um problema de cultura civica, ausente de
conteúdo moral.
domingo, 7 de dezembro de 2008
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